Por trás do véu,
escondia-se um rosto triste de mulher,
de lábios desistentes e olhar apagado.
A levantar o véu,
uma mão despretensiosa,
que num gesto confiante,
descobriu que os lábios insistiam na busca
da luz que os olhos não viam.
A olhar o quadro um Deus que sabia
que aquela mão continha a força
que o rosto já não tinha,
e que daqueles lábios
sairiam as palavras que transformariam a mão em corpo.
E porque um rosto também tem corpo,
a vida conseguiu transformar o pecado em amor.
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