Acerca de mim

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Gosto de sol e de flores. Não gosto do frio, nem de ir para a praia. Mas gosto de passear na praia. Gosto de música, de ler e de escrever. Adoro estar em casa a ver chover, sinto-me mais próxima de mim mesma. Não gosto de cozinhar, mas também não gosto muito de comer. Gosto de chocolate quente, e gosto muito de chocolate em barra. Gosto do campo, embora às vezes me encante a luz da cidade. Tenho medo de algumas coisas, às vezes muito medo. Sou suficientemente nova para subir a uma árvore, e suficiente velha para ter alguns traços marcados no rosto. A generosidade emociona-me, a falta de bom senso deixa-me triste. Um dia vou ter tempo para fazer tudo aquilo que gostaria de fazer já.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Procura-se um amigo

foto de Luís Lobo Henriques


Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.


Vinicius de Morais

3 comentários:

  1. Muito bonito! E se precisares de mim...

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  2. Paula, obrigada.
    Não me vou esquecer disso.
    Ondina

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  3. Adorei este texto.
    Obrigada por seguires o meu blog,o teu é simplesmente encantador!

    :D

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